segunda-feira, 6 de outubro de 2008

o Amor...


"Quero fazer o elogio do amor puro... "
Parece-me que ja ninguem se apaixona de verdade.
Ja ninguem quer viver um amor impossivel.
Ja ninguem aceita amar sem uma razao.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questao de pratica. Porque da jeito.
Porque sao colegas e estao ali mesmo ao lado.
Porque se dao bem e nao se chateiam muito. Porque faz sentido.
Porque e mais barato, por causa da casa.
Por causa da cama.
Por causa das cuecas e das calcas e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pre-nupciais, discutem tudo de antemao, fazem planos e a minima merdinha entram logo em "dialogo".
O amor passou a ser passivel de ser combinado.
Os amantes tornaram-se socios.
Reunem-se, discutem problemas, tomam decisoes.
O amor transformou-se numa variante psico-socio-bio-ecologica de camaradagem.
A paixao, que devia ser desmedida, e' na medida do possivel.
O amor tornou-se uma questao pratica.
O resultado e' que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estupido, do amor doente, do unico amor verdadeiro que ha, estou farto de conversas, farto de compreensoes, farto de conveniencias de servico.
Nunca vi namorados tao embrutecidos, tao cobardes e tao comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, sao uma raca de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "ta bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcancadores de compromissos, bananoides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Odeio esta mania contemporanea por sopas e descanso.
Odeio os novos casalinhos.
Para onde quer que se olhe, ja nao se ve romance, gritaria, maluquice, facada, abracos, flores.
O amor fechou a loja.
Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. "

Miguel Esteves Cardoso in Expresso

In The End - Linkin Park

In The End
Linkin Park
Composição: Mike Shinoda e Chester Bennington
(Chester) It starts with(Mike) One thing,I don't know whyIt doesn't even matter how hard you tryKeep that in mindI designed this rhymeTo explain in due time(Chester) All I know(Mike) Time is a valuable thingWatch it fly by as the pendulum swingsWatch it count down to the end of the dayThe clock ticks life away(Chester) It's so unreal(Mike)Didn't look out belowWatch the time go right out the windowTrying to hold on, but didn't even knowI wasted it all just to(Chester) Watch you go(Mike) I kept everything insideAnd even though I tried it all fell apartWhat it meant to me will eventuallyBe amemory of a time when(Refrão)(Chester)I tried so hardAnd got so farBut in the end,It doesn't even matterI had to fallTo lose it all,But in the endIt doesn't even matter(Mike)One thing, I don't know whyIt doesn't even matter how hard you tryKeep that in mind I designed this rhymeTo remind myself how(Chester) I tried so hard(Mike) In spite of the way you were mocking meActing like I was part of your propertyRemembering all the times, you fought with meI'm surprised it got so(Chester) It got so far(Mike)Things aren't the way they were beforeYou wouldn't even recognize me anymoreNot that you knew me back thenBut it all comes back to me(Chester) In the end(Mike) You kept everything insideAnd even though I triedIt all fell apartWhat it meant to me will eventuallyBe a memoryOf a time when I(Refrão)(Chester)I tried so hardAnd got so farBut in the end,It doesn't even matterI had to fallTo lose it allBut in the endIt doesn't even matterI've put my trust in youPushed as far as I can goFor all thisThere's only one thing you should knowI've put my trust in youPushed as far as I can goFor all thisThere's only one thing you should know(Refrão)I tried so hardAnd got so farBut in the end,It doesn't even matterI had to fallTo lose it allBut in the endIt doesn't even matter

Sempre... William Shakespeare

Shakespeare... sempre!!! partilhar e-mail 16:50
Um dia a gente aprende que...Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.E você aprende que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas.Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança; aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo, e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida; aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que eles mudam; percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.Começa a aprender que não se deve compará-los com os outros, mas com o melhor que pode ser.Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.Aprende que não importa onde já chegou, mas onde se está indo, mas se você não sabe para onde está indo qualquer lugar serve.Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se; aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou; aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha; aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.Aprende que quando se está com raiva se tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

William Shakespeare

Sobre o MSN

O Viagra dos mais novos Se os telemóveis vieram aproximar as pessoas o MSN Messenger colou-as umas às outras. Estamos literalmente ao colo uns aos outros, apesar de cada um estar sentado em sua casa, na sua escola ou no seu emprego.
Entrar no MSN é como entrar no país das maravilhas. Tudo é encantador. As fotos, os ícones, o grafismo, a rapidez, a simplicidade. Até as pessoas.
Assim que fazemos sign in parece que nos evaporamos para outra dimensão. O nosso corpo mantém-se ali mas tudo o resto já foi. Começamos por sentir diferentes aromas. Desaparece o cheiro a tonner, a tabaco ou a sopa (se estivermos na cantina da universidade). Dentro do Messenger cheira a flores. A rosas, a geriberas, a açucenas. Há quem jure ouvir passarinhos e mesmo violinos.
Assim que a ligação se estabelece e percebemos quem está on-line, somos invadidos por uma incompreensível sensação de bem-estar. Sentimos que pertencemos a um grupo. E que todos estavam ansiosos pela nossa chegada.
O nosso grupo ou network é constituído pelas pessoas que escolhemos. É um clube restrito, e nós somos o porteiro o que nos transmite uma enorme sensação de poder. Somos nós quem decidimos quem entra ou quem sai. Podemos bloquear os chatos, os inconvenientes, os idiotas e os mal vestidos.
Abre-se então uma janela com todos os nomes que escolhemos. O Pedro está cá, a Bela-Anabela não está, a Marta-Maravilha está ao telefone, a Rita está ocupada (deve estar deve). Uns segundos para decidir quem merece a primeira abordagem e lá vamos nós para uma montanha russa de sentimentos.
Os factos são claros. Mais de 60% das conversas no MSN são sobre sedução. Seja pré ou pós, é esse o menu principal. É óbvio que há diálogos sobre os mais variados assuntos. Há já algumas empresas de novas tecnologias que gostam de fazer as entrevistas de emprego via MSN. Nos Estados Unidos alguns psicólogos dão os primeiros passos em consultas via MSN, mas a verdade é que quase tudo gira à volta do sexo. E porquê?
Porque é mais fácil. No MSN as negas, as tampas, as bofetadas não doem. No MSN somos todos mais corajosos, mais atrevidos, mais charmosos. Não é preciso treinar antes no espelho o que vamos dizer. O MSN Messenger é um desinibidor. Uma droga do amor. Ainda por cima barata, não dá ressaca e não faz mal à saúde. O único senão é que é legal. Talvez por isso seja muito mais excitante termos conversas no Messenger onde não é suposto.
No MSN as nossas qualidades multiplicam-se por 10, por 100 ou mesmo por 999. Ficamos com mais piada e mais românticos. O MSN torna-nos melhores. Basta saber escrever algumas palavras e qualquer um se pode tornar o George Clooney do instant messaging.
O Messenger não faz bem só ao ego. Faz bem à saúde. Basta observar alguém que esteja ligado e estar atento às suas reacções. Há muitas gargalhadas, muitos sorrisos confiantes, muitas inspirações, muitos suspiros. Enfim, muita oxigenação.
O Messenger é um acelerador de relações. Um turbo que espevita e permite chegar mais rapidamente onde só chegaríamos passados meses de conversa, de jantares e de idas ao cinema. Poupa-se tempo e dinheiro. Por isso se torna viciante. E por tudo isto é fácil concluir que o MSN é tudo menos produtivo (embora seja reprodutivo) As empresas bloqueiam-no, os chefes proíbem-no mas ele mais parece uma praga de gafanhotos impossível de erradicar.
Não há estudos fiáveis sobre a quebra de produtividade de quem está ligado ao MSN. Ninguém admite passar muitas horas na conversa mas a verdade é que o síndroma do Messenger afecta já todas as hierarquias. E a classe dirigente sabe bem que a sua própria produtividade cai a pique quando estão on-line.
Para o bem e para o mal, a verdade é que o Messenger veio para ficar. O amor à primeira vista está a ser trocado pelo amor à primeira mensagem e as relações duram até que o Messenger nos separe.
As novas tecnologias estão a redefinir as relações sociais da juventude actual. Ao oferecerem comunicações simples, rápidas e gratuitas permitem a formação e evolução de novas redes sociais. E é impossível prever todas as alterações comportamentais que elas vão provocar.(agora desculpem mas estão a chamar-me no Messenger).


by:Nuno Presa Cardoso

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

é tão verdade...

Duvidas do amor que sinto?
Continua a duvidar.
Alguém vai acreditar.
E tarde pra ti será.
Duvidas do amor que sinto?
Então jogue ele fora.
Manda-me sair agora.
Nem que dor mate por dentro.
Continue a duvidar,
certamente hei de encontrar.
Aquele que vai me ver,
e tão depressa saber.
Que eu sempre quis amor,
mas você não deu valor.
Faltava alguém em mim,
e então aquele sim,
vou pra sempre adorar.

Desilusão

Aquela coisa linda por dentro, linda por fora (pelo menos para mim), é escorregadia como uma enguia.Afastei-me dele. Puxou-me delicada e disfarçadamente. Voltei ao contacto. Nunca mais foi porém a mesma coisa.Sentia que era preciso falar do motivo do meu afastamento. Fui sincera com ele.Se calhar pressionei-o. Se calhar está-se nas tintas para mim. Se calhar entendi tudo mal. Se calhar... se calhar...Desde que lhe escrevi aquela mensagem, calou-se de todo.É o costume, e volta, como sempre?Ou, após saber que já não me domina, perdeu o interesse?Tinha carinho por mim, ou eu era-lhe útil?Se queria um fantoche, eu não quero estar presa com cordelinhos. Ou aprecia a pessoa inteira que eu sou, ou pode ficar lá no castelinho dele e procurar outra marioneta.As relações humanas são muito estranhas. :-( :-(

quinta-feira, 31 de julho de 2008

UM ANJO NA MINHA VIDA...

Um Anjo Em Minha Vida

Ela nunca tentava falar, não dizia uma única palavra.
Muitas pessoas passavam por ela, mas nenhuma sequer lhe lançava um simples olhar, ninguém parava, inclusive eu.
No outro dia eu decidi voltar ao parque curiosa para ver se a pequena garota ainda estaria lá. Exatamente no mesmo lugar aonde ela estava sentada no dia anterior, ela estava empoleirada no alto do banco com o olhar mais triste do mundo.
Mas hoje eu não pude simplesmente passar ao largo, preocupada somente com meus afazeres.Ao contrário, eu me vi caminhando ao encontro dela. Pelo que todos sabemos, um parque cheio de pessoas estranhas não é um lugar adequado para crianças brincarem sozinhas. Quando eu comecei a me aproximar dela eu pude ver que as costas do seu vestido indicavam uma deformidade. Eu conclui que esta era a razão pela qual as pessoas simplesmente passavam e não faziam esforço algum em se importar com ela.
Quando cheguei mais perto a garotinha lentamente baixou os olhos para evitar meu intenso olhar.
Eu pude ver o contorno de suas costas mais claramente. Ela era grotescamente corcunda. Eu sorri para lhe mostrar que eu estava bem e que estava lá para ajudar e conversar. Eu me sentei ao lado dela e iniciei com um olá. A garota reagiu chocada e balbuciou um "oi" após fixar intensamente meus olhos. Eu sorri e ela timidamente sorriu de volta. Conversamos até o anoitecer e quando o parque já estava completamente vazio. Todos tinham ido e estávamos sós. Eu perguntei porque a garotinha estava tão triste. Ela olhou para mim e me disse: "Porque eu sou diferente". Eu imediatamente disse sorrindo:"Sim você é". A garotinha ficou ainda mais triste dizendo: "Eu sei". "Garotinha", eu disse, "você me lembra um anjo, doce e inocente".
Ela olhou para mim e sorriu lentamente, levantou-se e disse "De verdade?".
"Sim querida, você é um pequeno anjo da guarda mandado para olhar todas estas pessoas que passam por aqui.
Ela acenou com a cabeça e disse sorrindo "sim", e com isto abriu suas asas e piscando os olhos falou: "eu sou seu anjo da guarda".
Eu fiquei sem palavras e certa de que estava tendo visões.
Ela finalizou, "quando você deixou de pensar unicamente em você, meu trabalho aqui foi realizado".
Imediatamente eu me levantei e disse: "Espere, porque então ninguém mais parou para ajudar um anjo?"
Ela olhou para mim e sorriu: Você foi a única capaz de me ver e desapareceu.
Com isto minha vida foi mudada drasticamente.
Quando você pensar que está completamente só, lembre-se seu anjo está sempre tomando conta de você. O meu estava...


desconhecido

Pessoas

"Pessoas Inteligentes falam de Idéias,
Pessoas Comuns falam de Coisas,
Pessoas Medíocres falam de Pessoas."

Duvidas???

Duvidas do amor que sinto?
Continua a duvidar.
Alguém vai acreditar.
E tarde pra ti será.
Duvidas do amor que sinto?
Então jogue ele fora.
Manda-me sair agora.
Nem que dor mate por dentro.
Continue a duvidar,
certamente hei de encontrar.
Aquele que vai me ver,
e tão depressa saber.
Que eu sempre quis amor,
mas você não deu valor.
Faltava alguém em mim,
e então aquele sim,
vou pra sempre adorar.

Ansiedade

Ansiedade é a diferença entre o tempo do querer de Deus e o tempo do nosso próprio querer.

Qual...

Qual é a rapariga que nunca comeu uma barra de chocolate por ansiedade???
Uma alface por vaidade...
E deu um beijo num canalha por saudades!???

Saudade

O meu mundo não é como o dos outros,
quero demais,
exijo demais;

há em mim uma sede de infinito,
uma angústia constante que eu nem mesma compreendo,
pois estou longe de ser uma pessoa;
sou antes uma exaltada,
com uma alma intensa,
violenta, atormentada,
uma alma que não se sente bem onde está,
que tem saudade… sei lá de quê!


Florbela Espanca

Saudade

Não deixe que a saudade sufoque,
que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.


Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planeando,
vivendo que esperando


Porque,
embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive... já morreu.

Amores que marcam

Amores que marcam

Um destes dias conversava com uma amiga e contei-lhe que falei com um ex-namorado que me disse que tinha saudades minhas, uma ex-namorada.
Ele disse-me que fui muito especial, que nunca ficou nada de mal para lembrar, que sempre respeitei sem exigir, que foi fantástico... falou na saudade que tinha e ao mesmo tempo na vontade que tinha de me reencontrar.
Pude sentir nas suas palavras um tom especial ao lembrar dos momentos juntos.
Actualmente ele não está casado e eu também não, mas senti que ainda existe uma atracão forte entre os nós dois.
A minha amiga, a Silvia perguntou-me porquê que tinhamos acabado? PorquÊ não estavamos juntos?
Fiquei a pensar, porquê que não ficamos juntos uma vez que gostavamos tanto e concluí que a razão falou mais forte, por isso, a separação.
Eu cansei-me de esperar que ele tomasse uma atitude e assumisse a relação.
Ele aceitou o rompimento quando eu tomei uma decisão, acho que porque nunca pensou que a relação terminaria de verdade. Esse é o tipo de saudade que se leva pelo resto da vida. Pessoas que marcam e deixam saudade, pessoas que sentem uma atracção enorme, mas se separam.
É aquela química perfeita que em alguns momentos mete medo.
É aquele beijo com gosto de quero mais.
É aquela despedida não querendo ir. É deixar para lá.
É acreditar que um dia, quem sabe, um dos dois vai abrir seu coração e expor seus sentimentos.
É não querer um fim, mas por desconhecer os sentimentos do outro acabar com tudo para ver no que vai dar.
Isso significa que existem muitas pessoas que optam por enganar a si mesmas. Uma vez que existe um sentimento forte que nos dá prazer e ao mesmo tempo sente-se que aquela é a companhia perfeita e quando estão juntos o tempo passa sem perceber, é porque existe um sentimento muito forte que não deve ser desprezado.
Talvez não tivessemos percebido, mas o amor é isso e só encara quem tem coragem de assumir, de jogar tudo para o alto, jogar a razão para o lado e viver a emoção.
Talvez por medo ou mesmo pro insegurança os casais se afastam e depois sentem um enorme vazio que é preenchido pelas lembranças daquele relacionamento que acabou.
Uma saudade que dura a vida inteira e quanto mais o tempo passa ficará sempre a dúvida de que poderia ter sido feliz com aquela pessoa.
É arriscado pensar que a outra pessoa ficará esperando a vida inteira, pois a solidão e a ansiedade de esquecer poderão ser supridas por outro alguém.
Talvez não seja com a mesma intensidade, mas como uma tábua de salvação.
Isso acontece porque a relação não se esgotou, não teve um ponto final e sim uma vírgula ou reticências.
Por isso, quando sentir que alguém lhe faz suspirar e a lembrança dela dá aquela saudade, fique atento, pois a felicidade pode estar bem a sua frente.
O amor verdadeiro pode ter chegado e você está deixando escapar, simplesmente por medo de arriscar.
Quanto mais o tempo passar, mais difícil será resgatar esse amor, até mesmo porque cada um dará um rumo à sua vida e com isso você correrá o risco de perder o seu grande amor.
Portanto, quando sentires que alguém faz a diferença em sua vida, não deixe que ela se distancie de você.
Traga para junto do seu coração e procure viver com intensidade cada momento. Arrisque e não tenha medo de viver esse amor.
Enlouquece, perde a cabeça, vibra como criança, pois o amor não é e nem deve ser racional.
O amor é a eterna busca do ser humano.
Abre os braços para este sentimento tão nobre e garanto que não te irás arrepender.
O que te espera são muito mais que momentos mágicos.
Declara o teu amor sem medo e não percas a chance de ser feliz, pois o teu coração cobrará isso à vida inteira.

Definições

DEFINIÇÕES

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.

Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta
um capítulo.

Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.

Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.

Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.

Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.

Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.

Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.

Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.

Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.

Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.

Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.

Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.

Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.

Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.

Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia.

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.

Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.

Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.

Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra.

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não... Amor é um exagero... também não.
Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?

Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação,
Esse negócio de amor, não sei explicar.


Mario Prata

Madalena: Meu anjo que Saudade....

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz



Charles Chaplin

DOAR

Presentear é muito bom. É um acto que fazemos para agradar a outra pessoa.É uma demonstração de carinho,de afectividade. Muitas vezes o simples facto de podermos proporcionar um momento de gratificação para alguém que queremos bem, que amamos já é o suficiente para também nos deixar felizes.

Não importa o valor monetário do que é oferecido, mas o quanto de nós vai naquilo que damos,o cuidado que tivemos para escolher algo adequado,que seja desejado ou útil e que além de tudo isso esteja dentro de nossas possibilidades.

Há os que gostam de presentes embalados com muito cuidado, muito esmero,outros valorizam a surpresa do momento. Há também,quem só leve em conta o sentimento que está subentendido por trás de todo este aparato.

Mas, eu pergunto, porque não podemos ser o presente ?

As pessoas são o melhor presente, quando elas se doam,se dispõem a ser o ombro amigo, a pessoa certa, no lugar e no momento certo, quando muitas vezes só precisa estar disposta a ouvir um desabafo, a dar um pouco de seu tempo para quem está só.

Saber ouvir é importante. É preciso encontrar tempo para ouvir. Isso nos leva a compreender melhor as pessoas e entender suas emoções. Isto melhora a auto-estima. A incapacidade de ouvir, ao contrário, impede uma comunicação mais profunda, causa bloqueios.

Ser amável e gentil, fazer um elogio sincero mostrando ao outro suas qualidades,pode ser o reforço positivo que alguém esteja precisando de receber. Assim como uma palavra rude pode ser a gota que faltava para criar uma situação de conflito, uma palavra gentil, que mostre que o outro é importante, pode ser suficiente para desarmar uma pessoa e apaziguar uma situação.

Temos nos preocupado muito com as coisas materiais, com o apego de possuir mais e o que existe de melhor ou mais moderno e acabamos passando a mensagem de que isso é o mais importante.

Temos que nos cercar é de pessoas e não de coisas. Elas é que nos enriquecem. Desfrutar de lugares e momentos que possam nos transmitir sentimentos e lembranças agradáveis, que possam nos preencher de coisas boas,pois elas serão as reservas que nos darão forças nos momentos difíceis.

Temos que viver, isto implica em ter actividades que possam beneficiar nosso físico e alimentar o nosso espírito. Temos que nos sentir satisfeitos conosco. Se nos sentirmos completos, teremos o que repartir. Quanto mais repartirmos coisas boas, sentimentos bons, mais eles se multiplicam.

Quanto mais nos doamos, mais enriquecemos. Este é sem dúvida o melhor caminho, gerador de paz e de harmonia.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

O Tejo

"O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia" Alberto Caeiro



Dizes-me

Dizes-me: tu és mais alguma cousa
Que uma pedra ou uma planta.
Dizes-me: sentes, pensas e sabes
Que pensas e sentes.
Então as pedras escrevem versos?
Então as plantas têm idéias sobre o mundo?
Sim: há diferença.
Mas não é a diferença que encontras;
Porque o ter consciência não me obriga a ter teorias sobre as cousas:
Só me obriga a ser consciente.

Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei.
Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos.

Ter consciência é mais que ter cor?
Pode ser e pode não ser.
Sei que é diferente apenas.
Ninguém pode provar que é mais que só diferente.

Sei que a pedra é a real, e que a planta existe.
Sei isto porque elas existem.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram.
Sei que sou real também.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram,
Embora com menos clareza que me mostram a pedra e a planta.
Não sei mais nada.

Sim, escrevo versos, e a pedra não escreve versos.
Sim, faço idéias sobre o mundo, e a planta nenhumas.
Mas é que as pedras não são poetas, são pedras;
E as plantas são plantas só, e não pensadores.
Tanto posso dizer que sou superior a elas por isto,

Como que sou inferior.
Mas não digo isso: digo da pedra, "é uma pedra",
Digo da planta, "é uma planta",
Digo de mim, "sou eu".


Dizes-me

Dizes-me: tu és mais alguma cousa
Que uma pedra ou uma planta.
Dizes-me: sentes, pensas e sabes
Que pensas e sentes.
Então as pedras escrevem versos?
Então as plantas têm idéias sobre o mundo?
Sim: há diferença.
Mas não é a diferença que encontras;
Porque o ter consciência não me obriga a ter teorias sobre as cousas:
Só me obriga a ser consciente.

Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei.
Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos.

Ter consciência é mais que ter cor?
Pode ser e pode não ser.
Sei que é diferente apenas.
Ninguém pode provar que é mais que só diferente.

Sei que a pedra é a real, e que a planta existe.
Sei isto porque elas existem.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram.
Sei que sou real também.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram,
Embora com menos clareza que me mostram a pedra e a planta.
Não sei mais nada.

Sim, escrevo versos, e a pedra não escreve versos.
Sim, faço idéias sobre o mundo, e a planta nenhumas.
Mas é que as pedras não são poetas, são pedras;
E as plantas são plantas só, e não pensadores.
Tanto posso dizer que sou superior a elas por isto,

Como que sou inferior.
Mas não digo isso: digo da pedra, "é uma pedra",
Digo da planta, "é uma planta",
Digo de mim, "sou eu".


Alberto Caeiro

Ser Alegre...

Neste momento é seguro afirmar que todo o País está contra o PS até o PS. Uma coisa é a esquerda gritar e a direita ranger os dentes, outra coisa é gente do próprio PS organizar comícios contra o Governo. Sócrates conseguiu maioria absoluta em Portugal, mas parece ter dificuldade em obter maioria relativa no PS. Significa isso que os socialistas têm mais juízo que a generalidade dos portugueses? Aí está uma hipótese que, a verificar- -se, seria surpreendente.

Que a crise existe, pelo menos, ninguém nega. De um modo geral, todos estão preocupados com o fosso que se aprofunda, em Portugal, entre os ricos e os pobres.

A esquerda preocupa-se porque o fosso é cada vez maior; a direita indigna-se porque ainda ninguém se lembrou de pôr crocodilos no fosso. Os pobres, com algum esforço, continuam a conseguir passar. Entre a esquerda e a direita está o PS, que acaba por não ser uma coisa nem outra. Que sorte.

Os cidadãos têm algum medo das ideologias, e por isso preferem votar em quem não tem ideologia nenhuma.

A menos que todos estes tumultos e confrontações internas não passem de uma estratégia genial do PS (mas todos sabemos como é raro o PS delinear uma estratégia, quanto mais uma que seja genial). Pense o leitor comigo: Manuel Alegre e Sócrates podem ter-se conluiado para fazer a vida negra ao PSD. O que, em princípio, não seria mau: enquanto o PS se entretém a fazer a vida negra ao PSD, pode ser que se distraia da tarefa de fazer a vida negra aos portugueses. Mas o certo é que, tendo o PS maioria absoluta e, além ou apesar disso, uma oposição interna acirrada, Manuela Ferreira Leite tem um problema grave. A senhora ainda agora foi eleita e já se encontra perante uma tarefa duplamente difícil: por um lado, deve demonstrar que governa melhor que Sócrates; por outro, tem de provar que faz oposição melhor que Alegre. O PS não brinca.

Manuel Alegre pode ser, por isso, para Sócrates, um cavalo de Tróia que, estando dentro do PS, consegue, no entanto, minar o PSD. O primeiro-ministro bem disse que ia criar empregos, mas devia ter avisado que seriam todos para os socialistas. Neste momento, o partido socialista tem militantes a ocupar o lugar de líder do Governo e o de líder da oposição. Que o partido do poder arranje tachos na governação aos seus militantes ainda se aceita, mas que agora também lhes ofereça lugares na oposição, já parece eticamente duvidoso.

S. Sebastião da Pedreira

É fácil simpatizar com Lisboa. Parece que, no Terramoto de 1755, várias igrejas ficaram destruídas. Mas a rua dos lupanares, ao que dizem os historiadores (que, aliás, deviam dar mais atenção aos lupanares), ficou intacta.

Nutro sincero fascínio por quem se orgulha do sítio em que nasceu. Pessoalmente, tenho dificuldade em orgulhar--me das coisas que me acontecem por casualidade e, como disse Fernando Pessoa, o lugar onde se nasce é o lugar onde mais por acaso se está. É certo que Pessoa bebia bastante, mas o conselho da prevenção rodoviária é «Se conduzir, não beba», e não «Se inventar aforismos sobre o sítio de que é natural, não beba.» Julgo que não é por acaso.

Não é que não haja motivos para uma pessoa se orgulhar de ser de Lisboa. À primeira vista, porém, parece que não há. Julgo que é unânime que a melhor coisa que Lisboa tem é a luz. No entanto, o modo particular como o sol brilha sobre uma cidade dificilmente será motivo de orgulho. Mais: se a luz é o melhor, quer dizer que aquilo que ela ilumina não é particularmente digno de nota. Por outro lado, contudo, é fácil simpatizar com Lisboa. Parece que, no Terramoto de 1755, várias igrejas ficaram destruídas. Mas a rua dos lupanares, ao que dizem os historiadores (que, aliás, deviam dar mais atenção aos lupanares), ficou intacta. Há que respeitar uma cidade em que isto acontece.

Mas, para mim, o principal motivo de orgulho de ser lisboeta é outro, e mais importante: se alguém disser mal de Lisboa, nenhum lisboeta se aborrece. Isto parece-me precioso. Se eu fizer um comentário negativo acerca de qualquer localidade portuguesa, no dia seguinte recebo centenas de cartas de cidadãos indignados. Não tenho o direito de dizer que determinada aldeia de Trás-os-Montes é atrasada. Há imprecisões infames nas minhas opiniões sobre o Carnaval de Torres Vedras. E a minha perspectiva sobre as vacas da ilha Terceira é um escândalo. Mas se eu fizer meia dúzia de críticas à cidade de Lisboa, mesmo que sejam injustas, o meu carteiro bem pode dormir até mais tarde, que ninguém se incomoda a escrever-me. É significativo. Não sei bem de quê, mas é.

Eu, como boa parte da população de Lisboa, nasci em S. Sebastião da Pedreira. Já lá passei duas ou três vezes e confesso que não senti grande coisa. Não me vieram as lágrimas aos olhos. Não me apeteceu escrever poemas. Não me incomoda que o resto do País desconheça onde fica S. Sebastião da Pedreira, quantos habitantes tem a freguesia, ou quais são as tradições locais, se é que há algumas. Trata-se de um sítio, e é tudo. O facto de eu lá ter nascido, como seria de esperar, não transformou a localidade num lugar especial. Assim é que é bonito. O sítio em que nasci é verdadeiramente banal. Não o trocava por nenhum outro.


Por: RIcardo Araújo Pereira



E eu que quando a grande maioria de Lisboetas também em S. Sebatião da Pedreira também concordo na íntegra com o RAP.
Eu própria já passei à porta do sítio onde nasci e de facto não senti nada de especial e concordo que ter nascido num sítio banal faz-me feliz, ah e não o trocava por nenhum outro.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O medo...

O Raio do medo!
Que pena é, que triste é, castrarmos as fortes emoções que sentimos ao ouvir uma boa música, por exemplo, ao olharmos para uma criança que sorri para nós abertamente. Que pena é ocultarmos aquele aperto no peito que sentimos quando acordamos ao lado da pessoa que amamos, que admiramos… Mas a pessoa acorda e nós não dizemos nada… O medo diz-nos “sabes lá o que ele/a vai pensar!” Mas o que importa isso?!? Não será o que nós pensamos que vale?
Vivemos miseravelmente presos aos bloqueios, aos traumas… são eles que comandam a nossa vida, se é que podemos chamar isto de vida. A maioria de nós subsiste, vagueia, flutua sem norte, sem objectivos. “Vai andando”, ouvimos nós dizer quando perguntamos, “como vai a vida?”.

Será que é isto que nos é proposto lá em cima, antes de descermos de novo à manifestação? Será que é isto que trazemos para fazer? É esta a nossa missão? Subsistir?

É verdade que estamos e que somos envolvidos neste emaranhado sem fim de ilusões, de alucinações, de filmes que são criados aqui na 3ª dimensão e na nossa mente. A rede está bem montada, é verdade, mas se alguns conseguem fura-la, porque é que os outros não conseguem?!
Porque não acreditam no Amor. Porque os seus corações não estão puros, porque as inseguranças e o raio dos medos os controlam. Temos medo de tudo. Temos medo de nós, por isso, atacamos os outros. Temos medo da vida, por isso, não aceitamos desafios. Temos medo da felicidade, por isso, viramos a costas às oportunidades com frases do género: “isto não vai dar certo.” Temos medo das vitórias, por isso, aceitamos aquele trabalhinho medíocre porque ali não há como falhar.

Há muito que deixámos de acreditar que podemos ser felizes… que podemos ser seres completos; bons profissionais, bons amantes, bons pais, bons políticos, bons professores, bons seres humanos. Escolhemos apenas uma delas e é quando é!
Deixamos de sonhar e de acreditar no nosso poder pessoal. Esquecemo-nos que podemos conquistar tudo! Podemos ser tudo! Podemos atingir estágios que nem imaginamos, e porquê? Porque não tentamos.

Porque renegamos a nossa Centelha Divina? Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, dizem, mas onde é que o sentimos? Onde é que nos pomos à prova? Quando é que acreditamos que somos deuses? Se somos filhos de Deus, então, somos também, deuses ou pelo menos semideuses.

Temos, todos os dias, a oportunidade de nos superarmos, de sair da “normalidade”, de criarmos, de sermos Maiores e melhores, mas fechamo-nos na nossa torre. E a cada dia, a nossa essência, a nossa estrela vai perdendo o brilho, vai escurecendo e ao invés de transformarmos o chumbo em ouros, fazemos o processo inverso, transformamos o ouro em chumbo… ao invés de evoluirmos, involuimos…



Como eu costumo dizer, ”os Deuses esperam-nos” e todos lá chegaremos, mas porque será que fazemos de tudo para atrasar este divino objectivo? Porque teimamos em trilhar caminhos que sabemos que não nos conduzem ao Alto?! Porque teimamos em não trilhar caminho nenhum?
Porque temos medo…

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Lindo...

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quarta-feira, 19 de março de 2008

Mini Dicionário Açoriano

Mini Dicionário de expressões Açoriano

"O segredo para não ter tédio, pelo menos para mim, é ter ideias"
Delacroix, Eugène


Este mini dicionário serve para fazer uma pequena brincadeira e partilhar convosco uma pequena recolha de regionalismos ou expressões usadas pelos Açorianos.


A
Açucrino Gelado
Origem: ice cream
Ex:
P:“Queres um Açucrino?”
R:“Queres um gelado (ice cream)?”


Alvaroças Suspensórios
origem: overalls

Atoleimado Tolo

Apoquentação Problema; inquietação

Abouiar Atirar

Aganta Aguenta

Amanda Manda

Asno Burro

Arressaca (deturpação de Ressaca) Briga


B

Bota que tem Termo generalista de concordância em resposta
a uma pergunta:
Ex:
P: “ Vamos aos toiros?”
R: “ Bota que tem! ”
P: “ Vai mais um copo de vinho?”
R: “ Bota que tem !”

Brassad Companheiro; amigo

Blica Pénis

Binsuade Abençoado; Querido

Bezuga Rapariga

Base Autocarro
Origem: bus

Barraca Tenda

Bailinho Teatro amador

Barbasn’ciu Piquenique; Churrasco
Origem: Barbecue

Buer Beber (não é usado unicamente nos Açores)


C

Cubanos Pessoas que nasceram em Portugal Continental

Clauseta Armário; roupeiro
Origem: closet

Cooler Caixa hermética; geleira

Corisco mal amanhado Safado; traquinas; reguila

Crica Tampa; carica

Canica Relva

Canáda Rua

Canadinha Rua estreita

Clâme Saliva; cuspo

Carro de praça Táxi

Carreira Autocarro

Chouffer da frágonete Condutor da Camioneta

Cramalheira Dentadura

Candilhes Rebuçados
Origem: Candies

Côrtes Tribunal
Origem: Court

Chupeta Banana (cabo para ligar a antena na televisão)

Colégio Universidade
Origem: College

Carroça Bebedeira


D

Descreta Esperta
Ex:
“… tal piquena discreta!”

Dondué De onde é?

Donetes Donuts
Origem: Donuts

Desclaços Terceirenses


E

Enlameirados Enlameados; caminhos com lama

Enbia-te Vem

Estás bem amanhado! Estás tramado (lixado)!

Estôa Loja
Origem: Store


F

Friza Frigorífico
Origem: Freezer

Fanica Vagina

Fogue t'abrase Fogo te abrase (injúria)

Fema Rapariga

Fonte Torneira

Foge diante Sai da frente

Frágonete Camioneta

Fominha negra Com muita fome

Fogareiro Fogão Mulher feia

Falsa Sótão

Frejoeira Frigorifico
Origem: Refrigerator

Frango Homossexual jovem



G

Gama Pastilha elástica
Origem: gum

Gaitadaria Gargalhadas; risos frenéticos

Gueixa Rapariga

Gadanhos Dedos

Gueixos Vacas; gado

Grande padeira Grande rabo

Gadelhas Cabelos

Graduar Formar; licenciar
Origem: to graduate

Gárbixa Lixo
Origem: Garbage

Garoto Irresponsável


H

Hambérger Hamburger
Hóme Homem; namorado; marido


I

Ice Ai se…


J

Já se sabe.. Claro (afirma concordância)
Japoneses Oriundos de São Miguel

K

L


Lai Lei


M

Mapa Esfregona
Origem: mop
Ex:
“Dá-me o mapa” = “Dá-me a esfregona”

Modes Expressão utilizada para dizer que está pronto ou;
a modes que - neste sentido é utilizado para uma suposição/ interrogação/ afirmação:
Ex:
P: a modes que ontem houve toiros na ribeirinha?!
R: a modes que sim!

Maçam Grande quantidade, ou em grande quantidade.
Ex:
"Estavam pra lá, maçam deles"

Mamã s'abence Pedido de benção

Macaquinhos Desenhos animados

Meias Collants

Miolos Migalhas

Moreão Pénis

Microeives Micro-ondas
Origem: Microwaves

Modas Músicas

N

New Nú; Sem roupa.
Ex: Ele saiu new de casa.

Naião Homosexual

Mêm de veras A sério

Nisca de gente Criança


O

Olhos arregalados! Olhos em bico!

Offas Escritórios
Origem: Offices

Oranmelons Melancia
Origem: Watermellons

P

"povo com 'a bicho" Uma multidão, muita gente.
Pa mór dês Expressão Terceirense utilizada para dizer Pelo Amor de Deus. Ex:
“…Eh homê pega drêt! Pa mór dês!”

Pana Alguidar; bacia

Puderio Sinónimo de muito - "grau superlativo absoluto de muito"

Prisões Ganchos para o cabelo

Prisão da rôupa Molas de roupa

Pelo'ê Ai de ti!

Pau-de-filete Poste de electricidade

Poderios Muito

Pega drêt Desaparece
Ex:
“…Eh homê pega drêt! Pa mór dês!”

Papo-seco Carcaça

Péugos Meias

Penca Nariz

Paranhos Teias de aranha

Piquenos Meninos; miúdos

Passa-te pa uma casinha! Vai-te embora; Não me chateie; Desaparece


Q

"...que nem mate" Expressão comparativa, normalmente depreciativa, utilizada
em expressões do tipo:
Ex:
“…ele é feio que nem mate.”

Queijada Pastel de nata

Que peste! Que cheiro!

Quéla Ela; rapariga


R

Requim (Requinho) Bonitinho, engraçado

Rebendita Vingança

Rabixel Rabo

Raíuei Auto-estrada
Origem: High way

Rár atéck Ataque cardíaco
Origem: Heart Attack

Recuo Marcha a trás

Recta Via rápida

S

Suéra Camisola
Origem: Sweatshirt

Samarra Peça de roupa; casaco quente

Shortes Calções
Origem: Shorts

Sifão Sanita

Snicas Ténis; Sapatilhas
Origem: Snickers

Sinó Neve
Origem: snow

Socas Meias
Origem: Socks

Socas de milho Maçarocas

Soda Refrigerante
Origem: soda

Slipas Chinelos
Origem: Sleepers

Serrado Terreno normalmente usado para o gado

Sertã Frigideira


T

Toleirão Tolo

Tal Que

Tai'asne Tal asno; que estúpido

Tás co olho!? Para onde estás a olhar!?

Têstos Cacos

Tréla Atrelado
Origem: Trailer

Traques Camiões
Origem: trucks

Turquí Peru
Origem: Turquey

Toma calma! Acalma-te!


U

Uínda Janela
Origem: window


V

Vaca Miquelina Aspirador
Origem: vapoor cleaner
Ex:
“Comprei uma “vaca Miquelina” qué um “espetácule”” = “Comprei um Vapor cleaner (aspirador) que é um espectáculo”

Vá larê Vai dar uma curva

Vent'incanade Corrente de ar (Vento encanado)

Vesgueta Cego
Ex:
'Tás vesgueta?”

Vais apanhar nas ventas Vais levar na cara

Viciár Vídeo
Origem: vcr


W

X

Y

Year Deixar, partir.
Ex: Ela teve que year?

Z

Zebra Passadeira
Zaparece Desaparece; Vai- te embora


Espero que se tenham divertido tanto a ler este mini dicionário como eu me diverti a elaborá-lo. O mais curioso é que demorei cerca de três dias a conclui-lo e cada vez que pensava concluir e enviá-lo lembrava-me de mais alguma frase ou palavra. Acreditem que me tinha sido bastante útil antes de ir para a região.


Agora para ver se conseguem fazer uso do dicionário:
Dois textos em “açoriano” para ler tal qual estejam escritos e têm a garantia de uma boa “gaitadaria” (gargalhada):
http://www.acores.net/blogger/view.php?id=5735
Mabilda e Alzira vão Praça do Mercado (parte 1)
Publicado em 2006-01-17 15:53:17
Alzira chega logo ás 9 da manhã batendo á porta da Mabilda. Alzira: Mabilda!!! Ah Mulher acorda-meMabilda.áqela acorda!!! Mabilda cheia de sono: áqelaq foi? Já na se pode dormir descansada? A: ah Mabilda então não temos de ir á Praia da Vitória?...ah praça do mercado? M: ah..mas é na carreira das 10 qelaisso ainda é cedo!!! A: aqela mas qero ver qem passa..e saber as novidades antes de ir pa Praia! M: porque na disseste logo mulhervou-me vestirolha entra e vai comendo uns biscoitos.. Alzira pega no saco e senta-se .pega num biscoito e põe na boca: Alzira: aiii isto tá duro que nem um calhau..ainda me parte a dentuça..credo..cheira a mofo!!! Mabilda veste a sua saida rodada preta com pregas..e a sua suera com brilhantese pega no perfume que a irmã mandou do Canadápõe em sie derrepente as moscas caem pró lado.. Mabilda: qerem verontem é q esguixei o mafue só morreram agora? A: ahhh Mabildaáqela tas pronta? Já é 9:30!! M: já tou aqigostaste dos biscoitos? Fiz-os ontem..uma receita da chica da venda A: ah..são uma delicia tens de me dar a receita! (cuspindo o biscoito num guardanapo) M: olha leva estes..pra gente se consolar na Praia A: ah mulher na precisa agente compra no modelo uns pa gente cmer M: ahh mulher ate parece q na gostaste A: eu adorei..ate vou cmer outro agora..hummm q bom (q vontade de vomitar)ahh que cheiro é esse parece M: gostas?..é perfumeminha irmã do Canadá mandou-me .. A: pois.,,,cheira bem.(parece mafu) M: olha vamos já andando. Saindo a portasobem a rua..e vão ate paragem do autocarro A: olha a Maria Joaquinha.aqela.chega aqi!!! M: áqela tua mãe tá mais pairadinha? MJ: á vocês ela está internadamas segundo o médico tá quase em casa A: aqela adês entãoe manda visitas a tua mãe M: ah Alzira já viste aqela..a mãe internada e ela ontem na venda da chica a rir toda esganiçada.. A: e mais umamas isto na sai daqia Josefina disse-me que ela anda metida com o Jaquim da Conceição.. M: ahh..na possoela e o jaquim..credo mulher.. A: nem sabesesta gente tá cada vez pior.


Mabilda e Alzira vão á Praça do Mercado (ultima parte)
Quarta, 18 de Janeiro de 2006 às 14:28
O autocarro chega M: olha a carreira já vem.qem será o choféaqele careca que costuma fazer o desta hora não gosto nada..tem cá uma fronha..que parece que comeu e na gostou A: tens rezão qelatem cara de porcoele faz sempre uns olhos pra mimna tenho a culpa de ser toda bonita. M: ahbonitapois é (esta na tem espelhos em casa) A: olha o chófé é outroé um rapaz novogordo..prefeito..que rico pequeno M: olha é pra Praia se faz favor A: Mabilda olha que aumentou o preço M: credo..é verdade? Condutor: sim..aumentou 5 centimos M: cruzes credo..tá sempre aumentar.. A: olha vamo-nos assentar ali M: ai tanta canalhacredo..aqela não é a filha do Ribeiro? A: éum pai que se faz tanto prezado..e uma filha que veste aqelas roupashavera de ser comigofilha minha anda sempre na linha! M: (mal ela sabe a peça que tem em casa) claro mulher a minha também tá sempre na linhaera mais que faltava estar naqeles aqilo é uma saia ou um cinto? A: é uma saiamodernices(ate parece que a tua filha é uma santa) M: e já viste aqelas meias?....parece uma rede de pescadorq vergonha! A: a minha também queria..eu é que na deixeiera mais que faltava Filha do Ribeiro: aiii estas velhas já me irritammas..que raio de cheiro é esseparece mafu.ás tantas elas nem se lavam! A: (uiii eu que o diga que raio de perfume) M: que é que aqela tá pra ali a dizersobre mafuate parece que estamos a enjoar A: (estamos?..ou estás?) na seideixa láeste teu perfume consola (aii que ainda desmaio) M: canalha malcriadavou mas é cmer uns biscoitosqeres um? A: (credo) tou cheia qelacmi muito.. M: olha já tamos a chegarcredotanta gente nessa Praia A: pois é..essa gente é só passearna qerem fazer nadae já viste..é só canalha da escola M: ai mulher vamos lá pa Praça do Mercado chegando á Praça do mercado M: credo..que cheiro a peixe logo á entrada A: antes isso que o teu perfume M: disseste alguma coisa? A: este peixe parece do joão dos ovosmais podre que nem sei o quê M: olha vou comprar uns legumes pra fazer uma sopa homem da banca de legumes(HBL): Bom dia minha senhora..em que posso ser útil? M: era umas coives HBL: tenho estas aqifresqinhas q consola M: fresqinhas? Tão murchase comidas pelas lagartas!... HBL: oh minha senhora na diga issoestao aqi frescas..apanhadas hoje do meu quintal! M: Alzira!!! Áqela chega-te aqi! A: diz Mabilda M: olha-me pra estas coives. A: credo..isso onde é que andoue ainda por cima com este preço HBL: estão frescasmas eu faço um desconto! M: assim axo q levoarranja-me aí umas folhinhas HBL: tome lá.(uffa tava a ver q na as vendiatão aqi desde a semana passada) A: olha vou ali comprar umas maçãs M: olha vou contigo HB frutas: em que posso ser util? A: tou aqi a ver umas maçãs.(apanhando o homem distraído..poe umas na mala e a Mabilda faz o mesmo) HBF: entao já escolheram? A: olha pode ser uma 3 maçãs dessas HBF: apenas 3? A: na somos muito de comer fruta M: olha qem tá ali.ohhh tia Rosaaqelacmé que tas? TR: olha vai se andando..é uma vidatou cansadavelha A: olá tia rosa..ah mulher pareces cada vez mais nova..tás aí que é uma rica TR: olha tenho de iro meu xico tá ali á minha espera..farto de esperar M: adês mulher A: já viste cmé ela távelhaparece q tá com os pés pa cova M: e já viste..cheia de pinturas..com os beiços pintadosdeve pensar que é melhor cãs outras A: olha Mabilda..vamos mas é apanhar o carreira pra casa M: vamosé a vida. The End

Linda a música...

A música que vos deixo é:

The Blower's Daughter
Damien Rice

And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes...
And so it isJust like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes...
Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind...
My mind...
my mind...
'Til I find somebody new


e a tradução é mais ao menos assim:

The Blower's Daughter (tradução)A Filha do Vento

E então é isso
como você disse que seria
A vida corre fácil pra mim
A maioria das vezes
E então é isso
A história mais curta
Sem amor, sem glória
Sem herói no céu dela
Não consigo tirar meus olhos de você
Não consigo tirar meus olhos de você
Não consigo tirar meus olhos de Você
Não consigo tirar meus olhos de você
Não consigo tirar meus olhos...
E então é isso
Como você falou que deveria ser
Nós dois esqueceremos a brisa
A maioria das vezes
E então é isso
A água gelada
A filha do vento
A aluna rejeitada
Não consigo tirar meus olhos de você
Não consigo tirar meus olhos de você
Não consigo tirar meus olhos de você
Não consigo tirar meus olhos de você
Não consigo tirar meus olhos...
Eu disse que te detesto?
Eu disse que quero deixar
Tudo para trás?
Não consigo parar de pensar em você
Não consigo parar de pensar em você
Não consigo parar de pensar em você
Não consigo parar de pensar em você
Não consigo parar de pensar em você
Não consigo parar de pensar em você
Meus pensamentos...
Meus pensamentos...
Até conhecer uma nova pessoa.


Espero que gostem, beijinhos

terça-feira, 11 de março de 2008

Eu digo "Piaçaba"






badge



O Piaçabeiro Mor avança mais um passo - É o delírio
É com a voz trémula de emoção, e até algumas palpitações que vos damos a boa nova.

O Piaçabeiro Mor decidiu dar mais um passo para apoiar e incentivar o movimento.

Vejam, autografa um Piaçaba, e dá-o, à pessoa que responder correctamente a uma questão.
Saibam tudo, aqui

Vejam o Piaçabeiro-Mor a autografar o Piaçaba que será entregue a quem tiver essa sorte.

Participem. Dêem o vosso melhor pelo Piaçaba.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Para a minha filhota, o meu verdadeiro Amor!!!

É a nossa música, da Ivete Sangalo... quando a ouviamos juntas sabia que só por a Amar tanto assim eu enfrentei todos os ventos e tempestades, por Ela!!!
E eu k nem gosto de músicas lamechas... mas esta é muito bonita e é nossa!
Obrigada por existires Madalena!
Amo-te mais k tudo na VIDA!



Damien Rice - Depressivo ou realista???



O irlandês Damien Rice não é um intérprete esplendoroso. Tem sim, um talento especial para compor temas capazes de nos deixar sem fôlego. Remeto imediatamente para a fantástica “The blower’s daughter”, incluída na banda sonora do já não tão fantástico filme Closer. Aliás, se começámos a ouvir o nome Damien Rice com mais frequência é por culpa deste tema. Passado à parte, Damien Rice editou no passado mês de Novembro o sucessor de 0. E que melhor título que 9, o outro extremo dos algarismos desemparelhados.

Seguindo o folk que mais facilmente caracteriza a música de Damien Rice, 9 é um trabalho semelhante ao seu predecessor. A grande diferença de 0 para 9, é que aqui já não há o factor surpresa que agradavelmente se apoderara nas primeiras audições de 0. Facto é também que já não existe uma “The blower’s daughter” a empurrar-nos para adquirirmos 9, acabamos por fazê-lo simplesmente porque seria redutor limitar o trabalho de Rice a “The blower’s daughter” ainda que o cantautor irlandês dificilmente torne a atingir a perfeição desse tema em trabalhos vindouros.

Considerações acerca do passado à parte, 9 é um trabalho bastante razoável, recheado de temas capazes de nos fazerem companhia numa tarde de Inverno com muita chuva e uma chávena de chocolate quente. Ainda que seja uma imagem demasiado gráfica, ajusta-se na perfeição aos ambientes recriados pelo trabalho de Rice. Experimentem.

“9 crimes” e a voz que se ouve não é a de Damien Rice, mas de Lisa Hannigan, ela própria uma presença habitual no trabalho do compositor irlandês. “9 crimes”, sobre a culpa e recheada de melancolia, com um trecho de piano típico das músicas românticas, mas aqui, esse romantismo é bem mais cru ainda que a melodia não o deixe transparecer na totalidade. A posição em que surge este tema, é arriscada. Abrir com “9 crimes”, seguramente uma das melhores músicas do álbum é imediatamente subir a fasquia e deixar-nos à espera de algo que não surge no imediato. Na verdade, a música seguinte “The animals were gone” fica muitíssimo aquém da primeira, e nem a letra lindíssima que a acompanha a salva de um naufrágio inevitável. Não se fixa na nossa cabeça por um momento, facilmente nos esquecemos que faz parte do alinhamento do álbum.

“Elephant”, que esteve a um passo de se chamar “The blower’s daughter Part 2”, é dotada das melhores interpretações de Damien Rice ao longo de todo o álbum, a par de “9 crimes” e “Me, my yoke and I”, esta última transpirando uma força completamente rock e tornando-se um dos temas mais deliciosos de 9.

Perto do fim, “Grey room” recupera alguma da beleza de “Elephant”, mas sem conseguir prender-nos do mesmo modo. A salvar o desfecho de 9, surge então “Accidental babies”, a verdadeira canção de amor (se assim lhe quisermos chamar) do álbum. Sem exagerar, Damien Rice canta um poeta, que ironicamente, é ele próprio.

A grande mais-valia deste trabalho são os verdadeiros poemas que constituem cada música, aliados à interpretação de Damien Rice que vai mais longe do que por vezes esperamos dele, mas é desolador que num álbum composto por dez músicas, apenas metade mexa de facto com quem está do lado de fora das colunas.




Eu gosto!!!
And soo it is!!!

É linda a música ...

Há um ano e meio era simplesmente uma jovem com um perfil no MySpace. Acompanhada apenas por uma guitarra, cantava a música "Bubbly"... canção que lhe trouxe mais de dez milhões de visitantes à sua página na web. Este inesperado sucesso chamou a atenção da Universal Music e do site de partilha de música saltou directamente para o estrelato mundial. Chama-se Colbie Caillat, tem apenas 22 anos e acabou de lançar o disco "Coco" em Portugal. O Expresso esteve à conversa com a jovem cantora em Paris e ficou a saber como é que do mundo da Internet a menina da Califórnia passou para os palcos internacionais.

Como é que tudo aconteceu?
Fui descoberta através do MySpace há cerca de um ano e meio. Um amigo ajudou-me a pôr umas quantas músicas no MySpace e durante seis meses fui ganhando cada vez mais e mais popularidade no site. As pessoas começaram a ouvir a minha música e a adicioná-la aos seus perfis e a minha página começou a ter milhares de visitas diárias. Transformei-me numa das artistas mais procuradas e as editoras começaram-se a interessar por mim. Assinei com a Universal Music há um ano e agora ando a promover o meu álbum por todo o mundo.

Alguma vez pensou que o MySpace pudesse dar-lhe tanta visibilidade?
Não fazia ideia até porque nem sequer sabia muito bem como é que o MySpace funcionava. Foi o meu amigo que me explicou, que me ajudou a fazer a página e o upload das músicas. Se não fosse ele eu nunca teria feito nada disto. Não fazia ideia sequer ideia do que era isto dos Top Artists deste site. Apenas aconteceu.

Sempre quis trabalhar na indústria da música?
Eu sempre quis ser cantora. Mas não sabia que género de cantora queria ser até porque nunca gostei da ideia de ir para o palco, tinho medo. Mas gostava de cantar e de ir para estúdio, portanto, dizia desde pequenina: "Quando crescer quero ser cantora". Então quando fiz dezoito anos aprendi a tocar guitarra e comecei a escrever canções. Um ano depois acabei por as pôr no MySpace e foi quando tudo começou.

Trabalhar com o pai

Colbie chamou a atenção da Universal Music quando o seu perfil do MySpace atingiu os 10 milhões de visitas


O facto do seu pai ser produtor musical influenciou a sua vontade?
Ele sabia que eu queria ser cantora e disse-me: 'Se realmente queres fazê-lo então tens de primeiro aprender a usar as ferramentas que te vão dar sucesso'. Tinha de aprender a tocar um instrumento e a escrever canções. Eu era apenas uma adolescente e queria que fosse tudo mais fácil. Tinha 19 anos quando decidi ouvi-lo e aprendi a tocar guitarra, o que depois me ajudou imenso quando fui para estúdio.

Ele ficou surpreendido com o inesperado sucesso no MySpace?
Surpreendeu-se com facto de aquilo estar realmente a pegar. Ele já sabia que eu tinha talento, gostava muito das canções... aconteceu-lhe o mesmo que aconteceu comigo. Ele sabia que eu queria cantar, sabia que o álbum era bom, mas quando isto se tornou realidade foi como estar num sonho.

Ele é o produtor executivo do álbum "Coco". Como foi trabalhar com o pai?
É óptimo. Eu cresci a ouvir os conselhos dele portanto ele estar comigo em estúdio foi bom, a dar-me conselhos, a falar-me de instrumentos que eu nem fazia ideia que existiam, a trazer músicas talentosos para trabalhar comigo. Foi bom.

Quais são as suas principais influências musicais?
O John Mayer, pela forma como escreve canções. A Lauryn Hill inspirou-me a ser cantora porque adoro a voz dela. O Bob Marley porque tem uma música muito relaxante que me deixa cheia de boa-disposição. Crescer a ouvi-lo fez-me também querer fazer música que deixasse as pessoas bem-dispostas. E os Fleetwood Mac porque eram simplesmente fabulosos.

"Todas as minhas canções são sobre sentimentos reais"
A Colbie diz que "uma boa música tem de nos acelerar o coração, aquecer a alma e fazer-nos sentir bem". Qual é o segredo para escrever uma canção assim?
Para escrever uma música com o coração é preciso expor o que nos vai na cabeça, aquilo que estamos a passar. Escrever canções para mim é quase um género de terapia. Ao cantar as minhas emoções, tiro peso dos ombros. Todas as minhas músicas são sobre coisas verdadeiras, sentimentos reais. Quando outra pessoa se identifica com o que a música conta cria-se uma relação especial com o artista.

Se escreve sobre as suas experiência pessoais, de que fala a tão badalada "Bubbly"?
Por acaso a Bubbly não fala sobre uma experiência. É apenas sobre aquilo que eu gostava de ter. Na altura eu estava em casa realmente cansada de não estar apaixonada há muito tempo. Sentia saudades daquelas emoções de quando se gosta de alguém, como as borboletas na barriga, o sorriso na cara. Estava tão aborrecida que queria sentir o meu corpo assim outra vez. Então decidi escrever sobre todos esses sentimentos de quando gostamos de alguém.

Como é que descreve a sua música?
Muito optimista. São músicas sobre as experiências do dia-a-dia.




"Bubbly" é o nome da música que conquistou milhões de internautas
Você tem apenas 22 anos. Como é que se está a adaptar a esta fama repentina?
Ainda me estou a habituar. Há um ano eu tinha um trabalho comum, não era reconhecida na rua. Não era uma vida chata, era apenas normal. Escrevia canções em casa, ia à praia com os meus amigos... Agora que ando a viajar pelo mundo, em aviões todos os dias, com concertos todas as noites, com fãs a gritarem por mim... É estranho.

Disse que tinha medo do palco. Como é que se sente agora? Ainda tem medo?
No início sim. Quando o público é composto por adolescentes, que são a maioria dos meus fãs, eu relaxo e sinto que eles me vão compreender. Mas quando são espectáculos de promoção ao álbum ou tenho de ir à televisão fico muito nervosa porque sinto que estão lá todos apenas para me avaliar. Às vezes fico tão assustada que chego a chorar antes de entrar em palco. Mas depois das primeiras três músicas fico melhor e começo a divertir-me.

O poder da música online
A maioria dos seus fãs são adolescentes. Como é que lida com o facto de ser um exemplo para esta faixa etária?
É estranho porque... enfim, eu tento ser um bom exemplo e passo a vida a pensar nisso, nas coisas que faço e que digo. Mas eu tenho 22 anos e ainda tenho muito a aprender, portanto, não me posso ver a mim mesma como um modelo a seguir.

O que acha da partilha de música online?
Acho óptima. Acho maravilhoso que existam sites como o MySpace onde se pode partilhar música, onde pessoas de todo o mundo podem procurar-te e ouvir o teu trabalho e tornarem-se teus fãs. Há uns anos era a indústria discográfica que decidia quem passava na rádio e quem era divulgado. Com o online as pessoas podem fazê-lo sozinhas. Os fãs também podem escolher quem querem ouvir e não estão sujeitos apenas ao que é escolhido pelas editoras.

Que conselho dá aos novos músicos que também estão a tentar mostrar o seu trabalho?
Bom... disponibilizem a vossa música e deixem que as pessoas vos descubram.




Colbie Caillat - Bubbly

I've been awake for a while now
you've got me feelin like a child now
cause every time i see your bubbly face
i get the tinglies in a silly place

It starts in my toes
makes me crinkle my nose
where ever it goes i always know
that you make me smile
please stay for a while now
just take your time
where ever you go

The rain is fallin on my window pane
but we are hidin in a safer place
under the covers stayin safe and warm
you give me feelins that i adore

It starts in my toes
makes me crinkle my nose
where ever it goes
i always know
that you make me smile
please stay for a while now
just take your time
where ever you go

What am i gonna say
when you make me feel this way
I just........mmmmmmmmmmm

It starts in my toes
makes me crinkle my nose
where ever it goes
i always know
that you make me smile
please stay for a while now
just take your time
where ever you go

I've been asleep for a while now
You tucked me in just like a child now
Cause every time you hold me in your arms
Im comfortable enough to feel your warmth

It starts in my soul
And I lose all control
When you kiss my nose
The feelin shows
Cause you make me smile
Baby just take your time
Holdin me tight

Where ever, where ever, where ever you go
Where ever, where ever, where ever you go.....

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Veja meu FunPix!

É verdade

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso é só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ele de slows, você gosta de praia e ele tem alergia a sol, você abomina Natal e ele detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele “sacana”. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não aguenta uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de shampoo e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
Arnaldo Jabor

Veja meu Guestbook!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

How you remind me!!!


EU,...

EU, O SER E A DÚVIDA

"O quarto é uma selva de neurose.
É ofegante a permanência, é persistente o desejo, vontade tão própria de inovação.
Uma porta e uma janela são a novidade do cativeiro.
Tudo se conhece; um conhecer terrível e espantado que se dilui em interrogação.
Diz-me, ar perplexo de mundo, onde está a fuga?
Tu, visitante assíduo e perspicaz que vagueias por este meu Inferno.
Chega-te à cama minha universal, repouso dos sonhos que sugam o meu inquieto pensamento. Chega-te cá, meu perdido dualismo, que reflectes sem saber quando e porquê, que divagas viajando na essência abstracta e pura de um Não-Ser das coisas e não-coisas.
Não te rias de mim, vida repouso de deuses-demónios; não esperes que eu tombe a teus pés, imagem talhada de Incerteza.Mata-me só hoje, nobre tempestade de silêncio; afaga os gritos escaldantes de um ninguém que não é daqui, que viaja sem destino e com todos os destinos, que...Recôndito raio de sol que penetras com esforço essa janela amedrontada, vem um pouco mais a mim, aquece, ilumina este meu Não-Ser,
dúvida agitada e agitante de ser
Ser sem saber o que é Ser e porque é Ser na imensa frustração que é ser Ser.
Vem tu também, imagem do meu último sonho que será sempre o primeiro; vem e envolve-me na pleura do teu fascínio, tu que tens o poder da deusa profana que me encanta, que me beija o espírito, que me adormece em divino ócio.

"Do livro de Poesia e prosa-poética "Da Incerteza"

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

ufff

RVCC o primeiro trabalho correu bem, que bom.
Tenho tido tanto trabalho, ao menos isso.

O ambiente faz mau ambiente



Usar material biodegradável, por exemplo, é excelente para os ecologistas mas péssimo para os arqueólogos de 2170, que hão-de andar a escavar buracos enormes, à procura de uma pitoresca pilha alcalina

Poucos temas geram um ambiente mais desagradável do que a questão do ambiente. Há histéricos de um lado a anunciar o fim do mundo e histéricos do outro a assinalar o histerismo dos primeiros, de forma não menos histérica. O que é curioso é que, normalmente, os histéricos agrupam--se segundo critérios ideológicos. Os histéricos de esquerda defendem que isto é tudo da bicharada e as auto-estradas devem ser construídas por cima das casas das pessoas, porque se as construírem numa planície deserta o barulho dos carros torna-se incomodativo e não deixa o escaravelho da batata nidificar. Os histéricos de direita consideram que isto é tudo nosso e recusam-se a parar de tomar 17 banhos de imersão por dia, mesmo quando estiver cientificamente provado que, se eles não fecharem a torneira da água quente neste preciso momento, para a semana deixa de haver elefantes, tigres e vacas no planeta.
O consenso parece difícil e longínquo, até porque há muitos interesses diferentes em jogo. Usar material biodegradável, por exemplo, é excelente para os ecologistas mas péssimo para os arqueólogos de 2170, que hão-de andar a escavar buracos enormes, à procura de uma pitoresca pilha alcalina ou de uma valiosa embalagem de bifes feita daquela espécie esquisita de esferovite, e não encontrarão nada porque os ambientalistas convenceram toda a gente a usar o pilhão e a fazer a fusão a quente da esferovite, ou lá o que é que eles propõem para isso.
Por outro lado, não deixa de ser irónico que várias espécies estejam em vias de extinção sem que nós nunca lhes tenhamos feito mal directamente (eu, por exemplo, nunca matei uma foca à paulada – nem conto vir a matar, por muito que me digam que é giríssimo), e as moscas estejam cheias de vitalidade quando o ser humano anda há séculos a planear e a executar programas de extermínio só para elas. É ridículo que um urso panda seja mais frágil do que uma barata, e a natureza devia repensar isso. Quando temos a sensação de que o planeta anda a fazer pouco de nós, é mais difícil arranjar vontade de o proteger.
O planeta que vá gozar com a mãe dele.
Suponho que os próprios ecologistas tenham muita dificuldade em controlar-se. Tanto empenho a ir colher ensinamentos à natureza e depois a natureza vai e prega-lhes umas partidas inadmissíveis. Por exemplo, a maior parte dos animais usam peles de animal – coisa que os ecologistas abominam. Os animais chamam-lhe apenas pele, mas não enganam ninguém. Aquilo é mesmo pele de animal. Há dias passei por uma raposa que envergava uma bonita pele de raposa e só por estar com pressa é que não voltei atrás para lhe despejar um spray de tinta no lombo.
O próprio número da VISÃO que o leitor segura nas mãos faz pouco sentido. Parece que o objectivo é ajudar as pessoas a compreender que é preciso ter um comportamento mais responsável em relação ao ambiente. E, no entanto, fartaram-se de deitar árvores abaixo para eu escrever estas baboseiras.